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quarta-feira, 9 de julho de 2008
Dêitica herética
No meu caminho há esta igreja
Que me tenta com sua imponência masculina
A safada é de pedra, fria e arrogante
Me joga na cara sua porta fechada ao meio-dia
Ereta, seus mullions me despem zombeteiros
Sua fálica torre inatingível à luz do sol
Sei bem o que ela esconde
Em átrio e celas e cortinas confessionais
Um terno altar iluminado pela luz
Que alcança os ondulatoires e disfarçam
Em pureza amarelada e morta
A vida pulsante que me chama da rua
A esse gozo da alma e da carne insone
Que me tenta com sua imponência masculina
A safada é de pedra, fria e arrogante
Me joga na cara sua porta fechada ao meio-dia
Ereta, seus mullions me despem zombeteiros
Sua fálica torre inatingível à luz do sol
Sei bem o que ela esconde
Em átrio e celas e cortinas confessionais
Um terno altar iluminado pela luz
Que alcança os ondulatoires e disfarçam
Em pureza amarelada e morta
A vida pulsante que me chama da rua
A esse gozo da alma e da carne insone