Colaboradores
segunda-feira, 18 de agosto de 2008
Auto-poiesis
Permito escrever-me
a caneta vértice narradora de mim
Ela compõe meus pedaços:
a dúvida e o desencanto me emudecem
Meu equilíbrio está na loucura
Minha sintaxe corrompida se atreve
Ela me permite o que eu não devo
Perverte minha semântica, goza minhas metáforas
Sou artimanha de mim mesma:
Incapaz de ver senão no signo que me apaga
Os papéis riscados engoliram minha voz
Eles me gemem, me vomitam, me consomem
A caneta me devolve a alma em corpo nexo
Cada palavra um escárnio
Verso auto-sintagma
Uma colagem um desespero ânsia inteira
Uma morte
a caneta vértice narradora de mim
Ela compõe meus pedaços:
a dúvida e o desencanto me emudecem
Meu equilíbrio está na loucura
Minha sintaxe corrompida se atreve
Ela me permite o que eu não devo
Perverte minha semântica, goza minhas metáforas
Sou artimanha de mim mesma:
Incapaz de ver senão no signo que me apaga
Os papéis riscados engoliram minha voz
Eles me gemem, me vomitam, me consomem
A caneta me devolve a alma em corpo nexo
Cada palavra um escárnio
Verso auto-sintagma
Uma colagem um desespero ânsia inteira
Uma morte