Colaboradores
domingo, 3 de agosto de 2008
Da carne e suas inconsistências - I
Como saber de tudo isso
Ainda tenho dúvidas de mim
As calçadas tão estreitas
As janelas me cortam o pescoço
E ainda assim o espelho mostra tantas faces da mesma
Como saber
Das escolhas, de uma razão, de tantas vontades
adivinhar passos e necessidades e interrogar se eu não sei
Posso escarnecer do que vejo
E é tão pouco e tão ridículo e tão misógino
Tenho ânsia e náusea de minha completa ignorância de mim
Como saber
Se eu vivo mesmo a minha vida
Um suco de laranja apropriado e uma roupa que me cabe
É meu o direito do conhecimento
Talvez da cor do meu cabelo
Das sinapses incompletas e do sofrimento que me vale
Monet sabe mais de mim
em sua moldura aberta
do que minha cama aquecida por dois corpos e um edredom
Eu sou uma farsa
Um sopro apenas
E volto àquele que me domina e me cria à sua própria face
Ainda tenho dúvidas de mim
As calçadas tão estreitas
As janelas me cortam o pescoço
E ainda assim o espelho mostra tantas faces da mesma
Como saber
Das escolhas, de uma razão, de tantas vontades
adivinhar passos e necessidades e interrogar se eu não sei
Posso escarnecer do que vejo
E é tão pouco e tão ridículo e tão misógino
Tenho ânsia e náusea de minha completa ignorância de mim
Como saber
Se eu vivo mesmo a minha vida
Um suco de laranja apropriado e uma roupa que me cabe
É meu o direito do conhecimento
Talvez da cor do meu cabelo
Das sinapses incompletas e do sofrimento que me vale
Monet sabe mais de mim
em sua moldura aberta
do que minha cama aquecida por dois corpos e um edredom
Eu sou uma farsa
Um sopro apenas
E volto àquele que me domina e me cria à sua própria face