Colaboradores

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Desperdício

Se lhe pousa a mosca:
O que sente a fruta, ainda verde, no pé?
Se a folha, tola, lhe cobre o sol?
Se o galho, torto, lhe impede a seiva?
Angustia-se a fruta verde por saber-se perene
e, ainda: jamais madura?

Assim me sinto:
fruta verde, inerte
Jamais minha carne suculenta te tocará os lábios.
Caio antes, verde! aos pés da macieira.