Colaboradores
segunda-feira, 6 de outubro de 2008
Poeta que nada
Tá. Querem que eu vista a máscara
do estilo: um sujeito isento de fraque
Nada disso. Sou pessoa reles
da pá virada
Eu digo isso mesmo
sangue e volúpia
a dor própria e até mesmo o desatino
não vou escolher palavras
Não vou escolher sinônimos
pra desacorsoar os ritmos e fazer de conta
que existe um eu bem intencionado
Nada disso
Rasgo o papel em pedacinhos
antes do melindre e do tal cinzel
dos que sabem fazer bonito
em caderneta de acervo
Dou risadas desses desbundes
e depois choro da dor que disse
sou eu mesma: ninguém duvide
sujeita desajeitada e só
sujeitada a isso: sofro
só não sei fingir
Oh e me perdoem que perdi a chave
nem tenho ouro
só tenho essa boca
que é beijo é falta e também é
forma
de mim e ninguém mais
do estilo: um sujeito isento de fraque
Nada disso. Sou pessoa reles
da pá virada
Eu digo isso mesmo
sangue e volúpia
a dor própria e até mesmo o desatino
não vou escolher palavras
Não vou escolher sinônimos
pra desacorsoar os ritmos e fazer de conta
que existe um eu bem intencionado
Nada disso
Rasgo o papel em pedacinhos
antes do melindre e do tal cinzel
dos que sabem fazer bonito
em caderneta de acervo
Dou risadas desses desbundes
e depois choro da dor que disse
sou eu mesma: ninguém duvide
sujeita desajeitada e só
sujeitada a isso: sofro
só não sei fingir
Oh e me perdoem que perdi a chave
nem tenho ouro
só tenho essa boca
que é beijo é falta e também é
forma
de mim e ninguém mais