Colaboradores
sexta-feira, 25 de junho de 2010
O poema russo
A palavra sem qualquer evidência
talvez a cor da imagem
os cheiros e sons e sabores que ela provoca
A palavra e suas coisas proteladas
franzindo nossa testa
incomodando os sentidos
Depois tudo segue o rumo
o poema nas vísceras
o resto é impressão
talvez a cor da imagem
os cheiros e sons e sabores que ela provoca
A palavra e suas coisas proteladas
franzindo nossa testa
incomodando os sentidos
Depois tudo segue o rumo
o poema nas vísceras
o resto é impressão
quinta-feira, 24 de junho de 2010
Isla
O quarto está cheio
de um silêncio que nem tua fala interrompe
um silêncio gritante
vozes de uma auto-explicação
tão ridícula como seria esta fotografia
agora
no quarto cheio de armadilhas
eu aqui com minhas vírgulas e meus entretantos
tu com o ar condicionado e ainda de sapatos
Vai chegar a hora do telefonema
E chaves e falta da agenda
Que fizemos nestas duas horas antes do café?
Enchemos o quarto deste silêncio gritante
Que implora por uma audiência
e aponta pra si mesmo
como a tevê numa madrugada estrangeira
tão desconcertante não entender
o que ele diz de mim
de um silêncio que nem tua fala interrompe
um silêncio gritante
vozes de uma auto-explicação
tão ridícula como seria esta fotografia
agora
no quarto cheio de armadilhas
eu aqui com minhas vírgulas e meus entretantos
tu com o ar condicionado e ainda de sapatos
Vai chegar a hora do telefonema
E chaves e falta da agenda
Que fizemos nestas duas horas antes do café?
Enchemos o quarto deste silêncio gritante
Que implora por uma audiência
e aponta pra si mesmo
como a tevê numa madrugada estrangeira
tão desconcertante não entender
o que ele diz de mim
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